As movimentações por parte dos candidatos eleitos e reeleitos para os cargos nos poderes executivo e legislativo já foram iniciadas e com isso é possível mais uma vez acontecer a construção de acordos antes não realizados. Para quem acompanha a política partidária já sabe que estes acordos são de praxe no meio político. As alianças e acordos são construídos pelos seus agentes visando principalmente a governabilidade e permanência no poder.
Para as pessoas que convivem no meio político ou entendem um pouco sobre o funcionamento da política reconhecem que as estratégias em torno da busca e instabilidade no poder passam muitas vezes por elaboração de artimanhas que fogem à linha lógica e até inimaginável. Candidatos que constroem duras críticas em torno do adversário ou fazem elogios a outros nem sempre está demonstrando a realidade. As críticas ou elogios estão muito ligados à conquista de benefícios que os cargos políticos podem proporcionar. A censura vem quase sempre de quem é inseguro, busca o poder e quer desconstruir o outro, principalmente aquele que está no comando. O enaltecimento exagerado e ilógico de quem está fora do poder pode estar totalmente ligado a tentativa de aproximação daquele que dirige o cargo ou tem visível potencial de assumi-lo.
De modo um pouco diferente é notado que os mais leigos em relação à política que na maioria das vezes atuam somente como eleitor ficam sem entender o motivo pelo qual alguns candidatos se demonstram como inimigos em algum momento e em outro estes mesmos sujeitos estão pareados em uma mesma legislatura.
Seguindo esta mesma linha de raciocínio, acontece também de adversários de campos políticos divergentes se aliarem sem mesmo o povo tomar conhecimento das anônimas parcerias. É prática na política um opositor assumir cargo dentro do governo de seu concorrente, pois o foco principal nem sempre é a defesa de sua ideologia. A salvaguarda principal está voltada para a busca de espaço que possa proporcionar lhe no mínimo projeção, preparação e sustentação para a próxima disputa eleitoral, seja como protagonista ou coadjuvante.
Neste sentido, seria ideal a todas as pessoas a busca cada vez mais pela politização e entendimento sobre a maneira como é a literatura em torno da ciência política e como ela é conduzida pelos seus agentes. Desta maneira as pessoas teriam condições adequadas para fazer o julgamento correto em relação àqueles que buscam o poder.
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